sábado, 11 de junho de 2011
Plantas para Aquários, Lagos e Plantados.
O Nosso parceiro Mbreda, além de possuir substratos, fertilizantes e material filtrante para filtros de aquários está com uma diversificação muito boa de plantas, para aquários e lagos.
Não percam á oportunidade, á entrega é rápida e o melhor, os preços são convidativos.
Loja on line Mbreda
Anatomia do Guppy
Introdução
Peixes ornamentais compartilham com a maioria dos demais peixes uma estrutura particular, constituída pela maioria dos órgãos possuídos pelos humanos, acrescidos de outros, tais como a bexiga natatória, por exemplo. Dentes, língua, fígado, rins, um coração simplificado, uma forma pulmão adaptado ao meio, tudo isso neles encontramos. Salvo exceções, são recobertos por escamas, que lhes servem de proteção e os auxiliam na redução do atrito de deslocamento. Peixes são pecilotérmicos, ou seja, incapazes de aquecer seu corpo, compartilham a temperatura do meio em que se encontram. Peixes ornamentais tropicais, como é o caso, costumam estar em conforto na faixa de 20 a 28°C. Fora dela, principalmente em baixas temperaturas, ficam estressados e têm seriamente comprometido o seu metabolismo.
Estrutura
O formato do Guppy é estabelecido por um esqueleto ósseo. A coluna vertebral vai da cabeça à cauda e é feita por pequenos ossos perfurados, as vértebras. A cabeça, em sua formação óssea, o crânio, contém o cérebro. As mandíbulas, superior e inferior, também são ósseas. Ligadas às vértebras estão as costelas, que protegem a maioria dos órgãos vitais. Placas ósseas, chamadas opérculo, uma de cada lado, recobrem as guelras.
Nadadeiras se projetam do corpo, em locais determinados. Cinturões ósseos no ombro e na cintura auxiliam na fixação delas. Elas são mantidas por dois tipos de barbatanas ou raios: um rígido e sem divisões, o outro flexível e ramificado à medida que se afasta do corpo.
A natação é realizada quase que totalmente pela caudal, mediante movimentos similares figura de um oito. As demais auxiliam no direcionamento, elevação ou descida.
A bexiga natatória
A posição e o equilíbrio na água são mantidos, fundamentalmente, pela bexiga natatória que o Guppy possui, internamente. Múltiplos vasos recobrindo as paredes auxiliam na manutenção de seu conteúdo gasoso. Regulando a quantidade de oxigênio o peixe se situa em nível mais ou menos elevado no meio aquático. Em casos extremos, privados de oxigênio na água, ele é capaz de subir à superfície, expondo seus corpos, deixando apenas suas caudas submersas.
Cores
A cor do Guppy é devida a pontos coloridos, microscópicos, chamados cromatóforos, localizados na pele. O número e o arranjo desses pontos de cor é o que lhe fornece a grande variedade de padronagens com que se apresenta. Dependendo do estado do animal, os pigmentos contidos nas células do tecido podem se concentrar ou afastar, fazendo com que as cores se tornem mais ou menos intensas. A intensidade de cor é um dos indicativos da saúde do peixe.
O sistema digestivo
Guppies possuem dentes em suas mandíbulas e no céu da boca e uma língua. Depois da língua está a faringe e, em cada lado dela, aberturas para as guelras, através das quais a água circula. Um pequeno esôfago liga a faringe a um estômago relativamente grande. O intestino, curto, leva o alimento do estômago para a abertura anal, logo à frente da nadadeira de mesmo nome.
O Guppy tem um fígado, que fabrica bile para a digestão e um baço que ajuda a purificar o sangue. A digestão é rápida, algo como 45 minutos.
Sistema Circulatório
O coração tem dois compartimentos, ao invés de quatro: uma aurícula e um ventrículo. O sangue é forçado do ventrículo, quando se contrai, para as guelras, onde coleta oxigênio e libera dióxido de carbono. O sangue oxigenado é carregado por uma artéria dorsal, que se divide em vasos cada vez menores, para todo o corpo. Nos vasos capilares ele libera oxigênio e coleta dióxido de carbono e resíduos que são eventualmente carregados até o coração através das veias. Além das veias, outros tubos, chamados vasos linfáticos, ajudam a mover o sangue dos capilares ao coração, de onde é novamente bombeado para as guelras.
Sistema Respiratório
Guelras funcionam como pulmões e, em virtude de sua posição exposta, são sujeitas a doenças. Cada guelra consiste de um arco ósseo que tem em sua parte frontal estruturas denteadas chamadas lamelas, e em sua parte traseira, filamentos que são submetidos a uma corrente de água da boca para o opérculo. O tecido é altamente irrigado, sendo a troca de gases realizada em maior intensidade porque o sangue circula em sentido inverso ao da água.
Sistema reprodutivo
O Guppy é ovovivíparo, ou seja, nasce completamente formado, depois de ter seus ovos incubados internamente. O ovário é recoberto com epitélio germinal, pequenas células que se dividem e produzem descendentes. Após divisões subsequentes, quando recebem uma gema, elas se tornam ovos. Os ovos são incubados dentro da mãe, obtendo alimento do próprio ovo, e não da mãe.
Uma pequena passagem carrega os pequenos embriões, como eles são chamados nessa fase, até o momento do nascimento para o poro urogenital, onde eles parecem se desenrolar e fugir para a segurança. Seus primeiros movimentos, quase sempre os levam para o fundo, onde eles descansam por algum tempo, antes de se tornarem ativos.
Uma pequena passagem carrega os pequenos embriões, como eles são chamados nessa fase, até o momento do nascimento para o poro urogenital, onde eles parecem se desenrolar e fugir para a segurança. Seus primeiros movimentos, quase sempre os levam para o fundo, onde eles descansam por algum tempo, antes de se tornarem ativos.
O Guppy macho, assim como outros ovovivíparos, tem um gonopódio. Ao nascer, a nadadeira anal do macho parece muito com a da fêmea. A medida que se desenvolve, ela vai gradualmente se modificando. A inserção da nadadeira no corpo é também diferente nos dois sexos, a do macho se movimentando para frente, à medida que ele matura. Quando completamente desenvolvido, os nove raios da nadadeira estão agrupados. Na ponta do mais longo deles, o terceiro, há um gancho apontando para trás. Não há um tubo furado no gonopódio, como muitos equivocadamente pensam.
O gonopódio está localizado exatamente atrás do poro urogenital. Em frente a esse poro estão as duas nadadeiras pélvicas, um tanto diferentes das femininas. A fertilização é realizada pelas três nadadeiras em conjunto projetadas para frente, formando um tubo temporário, através do qual o esperma é transmitido à fêmea.
No macho, os órgãos nos quais os espermatozóides são produzidos são chamados de espermarias, correspondendo aos testículos dos mamíferos. Uma passagem curta liga as espermarias à abertura urogenital. Diferentemente dos humanos, o esperma dos Guppies é reunido em conjuntos. O período de gestação, o tempo entre a fecundação e o nascimento, é de 22 a 24 dias. Os partos ocorrem, em boas condições, a cada 27 a 30 dias. Os dias adicionais são necessários para o aprontamento dos ovos para fertilização.
Um dos fatos mais notáveis sobre as fêmeas, além de sua capacidade de manter tantos filhotes em espaço tão pequeno, é o de que se for cruzada com um macho, ele vai fornecer esperma para várias ninhadas, sucessivas.
O esperma penetra no ovário, onde aguarda o amadurecimento do primeiro lote de ovos. Os demais ovos não maturam ao ponto de união com o esperma em reserva até que o primeiro lote deixe o corpo na forma de filhotes vivos. Há estudos que mostram que o esperma pode permanecer funcional em dormência no corpo da fêmea por oito meses. Mas, se ela vier a cruzar com outro macho, os novos filhotes descenderão deste último. Mesmo fêmeas imaturas, podem receber esperma e o reter até que amadureçam. Assim, é conveniente remover todos os machos adultos de um aquário com filhotes, para que a energia necessária ao crescimento não seja consumida na gestação.
O tamanho da fêmea é um dos fatores relacionados com o número de filhotes, quanto maior, em princípio, maior a quantidade deles.
Aos 30 ou 35 dias de idade, os sexos podem ser distinguidos visualmente, pelo desenvolvimento de um corpo maior nas fêmeas e o seu ponto gravídico. O macho começa a mostrar o seu gonopódio. A cor da cauda começa a aparecer nessa mesma época, dependendo da variedade.
Sistema Nervoso
Os Guppies possuem todos os sentidos dos mamíferos. O cérebro é o principal órgão da percepção. Uma coluna dorsal de nervos se desloca pelas vértebras. Os odores são processados por células olfativas conectadas no sistema respiratório, e identificados pelo cérebro. Eles escutam através de duas cavidades auditivas, que contém otólitos para interpretar vibrações sonoras. Eles sentem através de conexões nervosas na pele e nos órgãos da linha lateral - privativa dos peixes. Eles têm paladar. Eles se mantém equilibrados, provavelmente com a ajuda dos otólitos. Ao que parece, têm uma extraordinária capacidade de regeneração de nervos. É possível cortar sua espinha dorsal e tê-la regenerada em questão de dias.
Sistema Excretor
Os rins filtram o sangue e removem resíduos que são conduzidos para a bexiga urinária, por uretras. Tanto a bexiga quanto os rins são órgãos pequenos. A bexiga descarrega através do poro urogenital, logo atrás do ânus. O sangue carrega gases residuais, que são dissipados na água, através das brânquias.
Fonte: Peixebom
Killifish - Um peixe fascinante no seu aquário
Killifish. Um nome um tanto curioso e enganador, à primeira vista. Nem predadores ferozes nem feras territoriais, os killifishs são pequenos peixes dulcícolas que, sobretudo, compartilham a característica de habitar pequenas coleções de água como riachos, igarapés e até mesmo diminutas poças temporárias de chuva. É uma palavra de origem holandesa, onde killi significa riacho, ou seja, peixes de riacho.
Essa discriminação se estendeu a todos os peixes que ocupam pequenas coleções de água doce, com características morfológicas, comportamentais e reprodutivas semelhantes.
Os killis pertencem à ordem dos cyprinodontideos, que engloba uma infinidade de gêneros e espécies pelo mundo, distribuídos em quase todas as regiões de clima tropical e temperado do planeta.
Em geral são peixes pequenos e muito coloridos, com formas e padrões de cores entre os mais belos. Vivem, geralmente, em ambientes saturados de material orgânico em decomposição e com pouquíssimo oxigênio diluído na água. Muitos acreditam, erroneamente, que se tratam de anabantídeos mas, diferentemente dos peixes do mesmo grupo dos betas, os killis não possuem o labirinto, órgão adaptado a retirar oxigênio do ar.
Os killis podem ser divididos em três grupos – anuais, não-anuais e semi-anuais – de acordo com as características reprodutivas.
Anuais:
Os killifishes anuais têm uma particularidade especial. Eles habitam poças e charcos temporários, que encontram-se cheios de água durante a estação das chuvas e secam durante o período da estiagem.
Para isso tiveram que passar por um longo processo evolutivo até desenvolverem um mecanismo de reprodução que lhes garantisse a sobrevivência das espécies após o tempo da seca. Diapausa é o nome dado a esse mecanismo. Trata-se de um estágio onde o desenvolvimento embrionário no interior dos ovos fica estacionado, aguardando um determinado período para completar a formação do embrião, para que ocorra a eclosão dos ovos e nascimento dos alevinos à chegada das chuvas. Mas nem todos os ovos eclodirão juntos, alguns terão períodos de diapausa maiores para que a espécie não pereça diante de eventuais chuvas fora de época.
Os killis anuais ocorrem tanto na América do Sul como na África. Os primeiros pertencem à família Rivulidae, que engloba gêneros com Austrolebias, Cynolebias, Simpsonichthys, Leptolebias, Pterolebias entre outros. Os africanos pertencem à família Aplocheilidae e têm gêneros como Nothobranchius, Protonothobranchius e Fundulosoma.
Não anuais:
Os killifishes conhecidos como não-anuais são aqueles que habitam pequenas coleções de água corrente, como rios, riachos, igarapés e fios-d’água. Podem ser encontrados nos mais diversos tipos de biótopos, dentro de florestas, savanas, charcos, áreas de restinga e manguezais. Ao contrário dos killis anuais, não estão adaptados à reprodução com diapausa e não fazem uso da sazonidade de poças temporárias, apesar do contra-senso de algumas espécies antigamente tratadas como não-anuais haverem sido reclassificadas em um gênero à parte por terem a capacidade de se reproduzir dessa maneira também. Trata-se do gênero Fundulopanchax, único representante do grupo dos semi-anuais.
Nas Américas o principal gênero não-anual é o Rivulus, com mais de cem espécies descritas. Além deles podemos citar os Prorivulus, Kryptolebias, Jordanela, Cubanichthys, Fluviphilax. No continente africano os principais gêneros são Aplocheilus, Epiplatys e Aphyosemion, além de Adamas, Poropanchax, Adinia, Hylopanchax e Lamprichthys.
Manutenção
Os não-anuais desovam em plantas e raízes de plantas flutuantes, poucos ovos por vez. Não formam casais a longo prazo, o macho e a fêmea apenas se encontram para a reprodução.
Os ovos costumam ser resistentes, com um córion rígido e uma substância adesiva que os fixa ao meio de desova. Os criadores de não-anuais usam um mop (ou bruxinha), artefato de lã acrílica flutuante que simula uma planta com raízes e facilita a coleta dos ovos, que costumam eclodir entre 15 e 25 dias, em geral.
Há um enorme número de espécies e gêneros nesse grupo – sobretudo nos continentes africano e asiático – com padrões de cores e particularidades bem variadas. Algumas curiosidades chamam a atenção, como a Kryptolebias ocelattus, o único killi hermafrodita auto-fecundante – não precisa de parceiro para se reproduzir.
Os anuais desovam no substrato. Para reproduzi-los usa-se turfa ou coxim granulado (pó de casca de côco) como meio de desova. Os peixes podem enterrar (mergulhadores) ou simplesmente depositar(aradores) os ovos sobre a superfície, de acordo com a espécie.
Esse substrato é retirado à ocasião de troca de água do aquário e seca a uma determinada umidade. Então é embalada e etiquetada e aguardará durante um período correto até a data de reidratação, para que nasçam os alevinos. Esses costumam ter um desenvolvimento bem mais acelerado se comparados a espécies não-anuais. Costumam atingir a maturidade sexual rapidamente devido ao seu curto ciclo de vida.
Os semi-anuais encontram-se num estágio intermediário no sistema evolutivo. Algumas espécies reproduzem melhor com bruxinhas e outras rendem melhor com substrato.
Algumas espécies de killis são muito fáceis de criar. Mas a maioria carece de cuidados especiais, principalmente no que diz respeito à sua alimentação. A dieta preferida de todos é composta de alimentos vivos, como tubifex, artêmia, náuplios, dáfnias, enquitréias e bloodworm. As espécies anuais, sobretudo SAAs (south-american annuals) dificilmente aceitam rações industrializadas, o que aumenta um pouco sua dificuldade de manutenção.
Preservação
Uma característica muito importante dos killis, tanto anuais como não-anuais ou semi, é o alto grau de endemismo. Por habitarem diminutos espaços aquáticos, algumas espécies acabam por estreitar suas características genéticas e restringir o espaço físico que ocupam no meio-ambiente, resultando num grande número de espécies, algumas muito parecidas , mas que apresentam características específicas, genéticas ou morfológicas, que delimitam e as distinguem. Esse endemismo é um fator determinante no status de conservação destas espécies, pois algumas ocupam nichos ecológicos mais suscetíveis à exploração do homem e conseqüente ameaça à sua existência. Muitas espécies encontram-se seriamente ameaçadas, e algumas já são consideradas extintas.
Isso torna o hobby um desafio sério, no sentido de preservação. A manutenção de espécies com genótipo puro e com populações separadas é importantíssimo para a conservação das características endêmicas de cada espécie. O hibridismo não é nada interessante no caso dos killis, pois geralmente resulta em espécies inférteis, dependendo dos cruzamentos, ou com pouco valor científico, por não conservar as características originais.
Assim a criação de killifishes acaba-se tornando um hobby desafiador e viciante, o impulso de ter mais espécies e populações diferentes resulta em hobbystas com inúmeros aquários em casa e um problema maior: onde colocar mais.
Algumas espécies indicadas para começar:
Não-anuais: Aphyosemion australe, Aphyosemion striattum, Epiplatys dagetti, Aplocheilus lineatus, Pseudoepliplatys annulatus
Semi-anuais: Fundulopanchax gardneri, Fundulopanchax nigerianus
Anuais: Nothobranchius guenteri, Austrolebias nigripinnis
Autor: Gustavo Grandjean
Nota: No Orkut, Nos Fóruns que sigo e na internet tem muito mais sobre esses maravilhosos peixes e sobre pessoas que criam e difundem a killifilia.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
O PEDRAGISMO NO AQUÁRIO
As rochas são utilizadas em aquários muito antes da popularização no “Nature Aquarium”, que busca principalmente no paisagismo japonês tradicional técnicas para a composição de layouts harmoniosos, milimetricamente calculados e exageradamente perfeccionistas. A exploração desses elementos inertes “cheios de vida” e complexidade permite a construção de paisagismos luxuriantes, cheios de riqueza e disseminando beleza nos olhos de seu espectador.
As rochas são, sem sombra de dúvida, o elemento mais estável de um paisagismo. Elas possuem uma grande capacidade de direcionar o olhar de quem contempla um aquário, que inconscientemente utiliza esses elementos inertes para “passear” com os olhos num layout. Por conseguinte, freqüentemente as rochas são a peça-chave para o equilíbrio de todo um paisagismo, que se apóia na própria solidez característica da rocha. Esses belos elementos estabilizam o aquário, podem dividir moitas de plantas e inclusive determinar o caminho que cardumes de peixes percorrem no aquário!
Esse artigo mostrará algumas lições básicas para a composição de jardins aquáticos utilizando rochas como principal elemento inerte. Essas lições não são “leis”, embora seja extremamente aconselhável seguir algumas à risca. Você pode utilizar várias dessas orientações em conjunto, ou prender-se à apenas uma delas. Enfim, aproveite-as.
1. PACIÊNCIA
A principal lição básica do pedragismo. Você deve estar se perguntando: “Por quê ter paciência com uma rocha, se ela não cresce, não muda de lugar e não se mexe?”. Acontece que, encontrar um bom posicionamento de uma rocha num paisagismo nem sempre – ou melhor, quase nunca – é tarefa fácil. Construir uma composição de rochas é, de fato, um exercício de paciência. Muitas vezes, mover uma única rocha de uma composição significa mover todas! Algumas peças teimam em não se manterem no lugar, tombam para os lados, desequilibram-se. Outras fazem sombras excessivas. Muitas não permitem que sua melhor face seja explorada nesse ou naquele paisagismo.
Diante de tantas confusões, uma valiosa dica é primeiro projetar a composição que será utilizada no layout, e depois ir atrás de rochas que se “encaixem” no projeto, buscando peças que mais se aproximem da proposta desejada – outro grande teste de paciência!
2. DISPOSIÇÃO DA ROCHA EM RELAÇÃO AO SUBSTRATO
A rocha é um elemento que serve como base ao paisagismo, equilibrando-o e dando apoio a ele. Sendo assim, é necessário que a rocha transmita estabilidade e solidez, ou seja, aquela famosa disposição de rochas equilibradas uma ás outras, seja formando “pilhas”, tocas artificiais ou “castelinhos” (bastante freqüentes em aquários de iniciantes) é um verdadeiro “pecado” do aquapaisagismo, comprometendo toda a beleza de um layout, que fica muito mais agradável se todas as rochas estiverem descansando sobre o substrato.
No entanto, não basta só colocar a rocha sobre a areia, pois frequentemente ela continuará desequilibrada. É necessário “assentar” a rocha no substrato, o que pode ser feito facilmente com areia cobrindo parte da rocha até que ela pareça estável, como se estivesse naquela posição há muito tempo, com os sedimentos cobrindo parte dela.
3. CENTRO DE GRAVIDADE
Essa lição têm uma íntima relação com a anterior, já que o centro de gravidade de uma peça tem tudo a ver com o equilíbrio da mesma. No paisagismo aquático, é muito bom aproveitar a diagonalidade de uma rocha, contudo, é quase obrigatório respeitar o centro de gravidade da mesma. Sendo assim, jamais force o ângulo de inclinação de uma rocha apoiando-a sobre outra menor!
4. TRIANGULAÇÃO
A triangulação é um artifício inspirado numa das mais antigas técnicas de paisagismo japonês – o sanzon. A forma mais tradicional consiste de três rochas, uma maior e outras duas menores, que equilibram a primeira. Essa composição forma um triângulo imaginário, cujas vértices localizam-se no ápice de cada rocha. As outras duas triangulações mais comuns são compostas por 5 e 7 rochas, que formam 2 e 3 triângulos imaginários, respectivamente
5. AGRUPAMENTOS DE ROCHAS - DUAS OU TRÊS PEÇAS
Principalmente quando usamos pares de rochas (onde a triangulação frequentemente se torna inviável), devemos explorar a diagonalidade das rochas em relação ao substrato. Um esquema muito simples para compreender essa técnica é a apresentada a seguir, que exibe as disposições de rochas (representadas pelos círculos cinzas) mais aconselháveis. As rochas possuem tamanhos diferentes, e o melhor modo de visualizar esse gráfico é considerando a rocha central localizada na proporção de ouro do aquário.
6. TIPOS DE ROCHAS UTILIZADAS
No paisagismo “nature aquarium”, idealizado pelo fotógrafo e aquarista Takashi Amano, as rochas do tipo seixo rolado de rio quase não são utilizadas, pois na maior parte das vezes o formato delas não permite a exploração de diagonalidades e triangulações, já que rochas arredondadas não tem um ápice definido.
As rochas claras também são por vezes negligenciadas (embora não sejam “proibidas”). Além de se confundirem com o substrato geralmente claro, essas rochas chamam muito a atenção para si próprias, criando pontos de tensão exagerados. As melhores cores para rochas são a marrom, a avermelhada e a cinza-escura (conhecidas no ramo da jardinagem como “azuis”).
Não se deve posicionar rochas extremamente semelhantes (tamanho e forma) muito próximas. Uma dos recursos que as rochas nos permite é utilizar-se de particularidades que cada peça possui, e devemos aproveitar isso. Sendo assim, um outro grande erro cometido no pedragismo é manter rochas parecidas em pares “gêmeos”. No entanto, deve ficar bem claro que jamais devemos utilizar rochas de diferentes tipos num mesmo layout!
Flávia Regina Carvalho, setembro de 2004
As rochas são, sem sombra de dúvida, o elemento mais estável de um paisagismo. Elas possuem uma grande capacidade de direcionar o olhar de quem contempla um aquário, que inconscientemente utiliza esses elementos inertes para “passear” com os olhos num layout. Por conseguinte, freqüentemente as rochas são a peça-chave para o equilíbrio de todo um paisagismo, que se apóia na própria solidez característica da rocha. Esses belos elementos estabilizam o aquário, podem dividir moitas de plantas e inclusive determinar o caminho que cardumes de peixes percorrem no aquário!
Esse artigo mostrará algumas lições básicas para a composição de jardins aquáticos utilizando rochas como principal elemento inerte. Essas lições não são “leis”, embora seja extremamente aconselhável seguir algumas à risca. Você pode utilizar várias dessas orientações em conjunto, ou prender-se à apenas uma delas. Enfim, aproveite-as.
1. PACIÊNCIA
A principal lição básica do pedragismo. Você deve estar se perguntando: “Por quê ter paciência com uma rocha, se ela não cresce, não muda de lugar e não se mexe?”. Acontece que, encontrar um bom posicionamento de uma rocha num paisagismo nem sempre – ou melhor, quase nunca – é tarefa fácil. Construir uma composição de rochas é, de fato, um exercício de paciência. Muitas vezes, mover uma única rocha de uma composição significa mover todas! Algumas peças teimam em não se manterem no lugar, tombam para os lados, desequilibram-se. Outras fazem sombras excessivas. Muitas não permitem que sua melhor face seja explorada nesse ou naquele paisagismo.
Diante de tantas confusões, uma valiosa dica é primeiro projetar a composição que será utilizada no layout, e depois ir atrás de rochas que se “encaixem” no projeto, buscando peças que mais se aproximem da proposta desejada – outro grande teste de paciência!
2. DISPOSIÇÃO DA ROCHA EM RELAÇÃO AO SUBSTRATO
A rocha é um elemento que serve como base ao paisagismo, equilibrando-o e dando apoio a ele. Sendo assim, é necessário que a rocha transmita estabilidade e solidez, ou seja, aquela famosa disposição de rochas equilibradas uma ás outras, seja formando “pilhas”, tocas artificiais ou “castelinhos” (bastante freqüentes em aquários de iniciantes) é um verdadeiro “pecado” do aquapaisagismo, comprometendo toda a beleza de um layout, que fica muito mais agradável se todas as rochas estiverem descansando sobre o substrato.
No entanto, não basta só colocar a rocha sobre a areia, pois frequentemente ela continuará desequilibrada. É necessário “assentar” a rocha no substrato, o que pode ser feito facilmente com areia cobrindo parte da rocha até que ela pareça estável, como se estivesse naquela posição há muito tempo, com os sedimentos cobrindo parte dela.
3. CENTRO DE GRAVIDADE
Essa lição têm uma íntima relação com a anterior, já que o centro de gravidade de uma peça tem tudo a ver com o equilíbrio da mesma. No paisagismo aquático, é muito bom aproveitar a diagonalidade de uma rocha, contudo, é quase obrigatório respeitar o centro de gravidade da mesma. Sendo assim, jamais force o ângulo de inclinação de uma rocha apoiando-a sobre outra menor!
4. TRIANGULAÇÃO
A triangulação é um artifício inspirado numa das mais antigas técnicas de paisagismo japonês – o sanzon. A forma mais tradicional consiste de três rochas, uma maior e outras duas menores, que equilibram a primeira. Essa composição forma um triângulo imaginário, cujas vértices localizam-se no ápice de cada rocha. As outras duas triangulações mais comuns são compostas por 5 e 7 rochas, que formam 2 e 3 triângulos imaginários, respectivamente
5. AGRUPAMENTOS DE ROCHAS - DUAS OU TRÊS PEÇAS
Principalmente quando usamos pares de rochas (onde a triangulação frequentemente se torna inviável), devemos explorar a diagonalidade das rochas em relação ao substrato. Um esquema muito simples para compreender essa técnica é a apresentada a seguir, que exibe as disposições de rochas (representadas pelos círculos cinzas) mais aconselháveis. As rochas possuem tamanhos diferentes, e o melhor modo de visualizar esse gráfico é considerando a rocha central localizada na proporção de ouro do aquário.
6. TIPOS DE ROCHAS UTILIZADAS
No paisagismo “nature aquarium”, idealizado pelo fotógrafo e aquarista Takashi Amano, as rochas do tipo seixo rolado de rio quase não são utilizadas, pois na maior parte das vezes o formato delas não permite a exploração de diagonalidades e triangulações, já que rochas arredondadas não tem um ápice definido.
As rochas claras também são por vezes negligenciadas (embora não sejam “proibidas”). Além de se confundirem com o substrato geralmente claro, essas rochas chamam muito a atenção para si próprias, criando pontos de tensão exagerados. As melhores cores para rochas são a marrom, a avermelhada e a cinza-escura (conhecidas no ramo da jardinagem como “azuis”).
Não se deve posicionar rochas extremamente semelhantes (tamanho e forma) muito próximas. Uma dos recursos que as rochas nos permite é utilizar-se de particularidades que cada peça possui, e devemos aproveitar isso. Sendo assim, um outro grande erro cometido no pedragismo é manter rochas parecidas em pares “gêmeos”. No entanto, deve ficar bem claro que jamais devemos utilizar rochas de diferentes tipos num mesmo layout!
Flávia Regina Carvalho, setembro de 2004
Removedor de Fosfato Phosclean
Removedor de Fosfato Phosclean Mbreda.
Phosclean é uma mídia removedora de fosfatos e silicatos de alta eficiência. Sua estrutura esférica de alta adsorção garante uma rápida remoção dos fosfatos e silicatos de aquários marinhos e de água doce.
Os níveis de fosfatos em aquários podem subir acima do normal ocasionando algas indesejadas e inibição do crescimento de corais o uso de Phosclean remove esse excesso e previne eventuais desequilíbrios
Embalagem com 250ml 500ml e 1000ml
Phosclean é uma mídia removedora de fosfatos e silicatos de alta eficiência. Sua estrutura esférica de alta adsorção garante uma rápida remoção dos fosfatos e silicatos de aquários marinhos e de água doce.
Os níveis de fosfatos em aquários podem subir acima do normal ocasionando algas indesejadas e inibição do crescimento de corais o uso de Phosclean remove esse excesso e previne eventuais desequilíbrios
Embalagem com 250ml 500ml e 1000ml
Fonte: Mbreda
terça-feira, 7 de junho de 2011
Areia Preta BlackBlue
Areia BlackBlue, é um produto que já vem limpo e pronto para uso
Granulomentria de 2 mm
Areia Preta
Produto inerte, não altera PH
excelente contra algas, evita formação de sujeiras e algas sobre ela
Pote PET lacrado com 6kg
Não usar como resurgencia, (brotamento de água) o atrito constante vai retirar a resina protetora.
testado e aprovado para uso estático em todos os tipos de aquários
Fonte: Mbreda
Substrato Especial Amazônia
O Substrato Especial Amazônia da MBREDA foi desenvolvido com os melhores e já testados solos para esse fim formula exclusiva. Ele foi projetado para aquários plantados, especialmente para a nutrição das plantas. O substrato especial proporciona a acomodação perfeita das raízes, pois não possui arestas cortantes como os pedriscos normais. A granulometria foi especialmente feita e selecionada para que a circulação da água ocorra pelo substrato, levando oxigênio para o meio, evitando assim a ação fermentadora de bactérias anaeróbicas, que dão origem á gases deletéricos, como o metano(CH4) e o sulfídrico ( H2S).
O Substrato Especial Amazônia da MBREDA não possui nenhum corante ou algo que não seja natural. A sua cor é um marrom escuro natural, destacando muito mais a beleza do verde das plantas.O visual é fantástico.
SUA CAPACIDADE DE ABSORÇÃO DE ELEMENTOS,E ALTO INDICE DE CTC, LIBERANDO NUTIENTES CONTROLADOS PARA AS RAIZES, E ABRIGANDO COLONIAS DE VIDA EM SEU INTERIOR, MAIS DE 9 ELEMENTOS EM SUA COMPOSIÇÃO ENTRE ELAS UM MINÉRIO DE IMPORTANTÍSSIMO FUNÇÃO COM AS PLANTAS.
GARANTIAS
TiO................................ 0,05%
K.................................. 0,24%
Ca................................. 1,05%
Mg............................... 0,84%
Fe................................ 0,27%
Al................................. 1,16%
Si.................................. 6,35%
N.................................. 0,40%
P................................... 0,07%
S.................................. 0,34%
Na............................ 0,0009%
PPM Partes por milhão:
Mn..................................166,9
Zn....................................292,5
Cu.....................................14,2
B........................................63,8
Condut. elétrica 1.600 (umnhos)
CTC...................15,5 (me/100g)
Umidade.............................10%
Natureza fisica: granulado fino.
Análise:Paulo Cesar CRQ. 12A Reg.12100079
Fômula avançada MBREDA superv. Dr. Perseu F.Santos PHD `solos´ New México State University
Fonte: Mbreda
O Substrato Especial Amazônia da MBREDA não possui nenhum corante ou algo que não seja natural. A sua cor é um marrom escuro natural, destacando muito mais a beleza do verde das plantas.O visual é fantástico.
SUA CAPACIDADE DE ABSORÇÃO DE ELEMENTOS,E ALTO INDICE DE CTC, LIBERANDO NUTIENTES CONTROLADOS PARA AS RAIZES, E ABRIGANDO COLONIAS DE VIDA EM SEU INTERIOR, MAIS DE 9 ELEMENTOS EM SUA COMPOSIÇÃO ENTRE ELAS UM MINÉRIO DE IMPORTANTÍSSIMO FUNÇÃO COM AS PLANTAS.
GARANTIAS
TiO................................ 0,05%
K.................................. 0,24%
Ca................................. 1,05%
Mg............................... 0,84%
Fe................................ 0,27%
Al................................. 1,16%
Si.................................. 6,35%
N.................................. 0,40%
P................................... 0,07%
S.................................. 0,34%
Na............................ 0,0009%
PPM Partes por milhão:
Mn..................................166,9
Zn....................................292,5
Cu.....................................14,2
B........................................63,8
Condut. elétrica 1.600 (umnhos)
CTC...................15,5 (me/100g)
Umidade.............................10%
Natureza fisica: granulado fino.
Análise:Paulo Cesar CRQ. 12A Reg.12100079
Fômula avançada MBREDA superv. Dr. Perseu F.Santos PHD `solos´ New México State University
Fonte: Mbreda
Qualidade da água - Melhor prevenir que remediar
Qualidade da água - Melhor prevenir que remediar
Por: Marcos Mataratzis
Tenho respondido muitos casos de colegas que não precisariam necessariamente de ajuda se tivessem tomado devidos cuidados com a qualidade da água que oferecem a seus peixes.
Veio então a idéia de produzir este pequeno texto para tentar oferecer melhores condições de existência aos nossos amiguinhos.
Lembre-se: Água limpa = peixe saudável
Da mesma forma que vivemos envoltos pela atmosfera e dela retiramos o oxigênio, nossos peixes vivem na água e dela também retiram o oxigênio e nutrientes.
Uma atmosfera poluída não só nos causa desconforto como uma série de problemas respiratórios, certo?
A água é o meio de vida dos peixes e sua qualidade é fundamental para o sucesso em sua criação.
1 - A água do aquário e suas características:
A água que chega às nossas casas, provenientes das estações de tratamento não é uma água pronta para o uso em nossos aquários. Ela contém cloro, usado para matar microorganismos mas também letal para os peixes. Ele precisa ser removido antes de colocarmos água nova no aquário.
Para a remoção do cloro pode-se utilizar uma solução de Tiosulfato de Sódio (Na2S2O3).
Também existem diversas marcas de Condicionadores de água que além de remover o cloro também removem metais pesados e protegem as mucosas dos peixes.
PH:
O pH (potencial Hidrogeniônico) mede a relação entre a quantidade de íons H+ e OH- contidos na água. É uma escala logarítmica que varia de 0 a 14. De 0 a 6,9 dizemos que a água está ácida (concentração de H+ maior do que a de OH-). De 7,1 a 14 ela está básica ou alcalina (concentração de OH- maior do que a de H+). O valor 7 representa a neutralidade (iguais concentrações de H+ e de OH-).
A maioria dos peixes de aquário vivem, em seus habitats, em pH compreendido na faixa de 5,5 a 8,5.
Algumas espécies preferem águas ácidas. Outras preferem alcalinas. Outras preferem águas bem perto da neutralidade (vamos expandir o termo neutralidade aqui para o intervalo compreendido entre 6,8 e 7,2).
Dureza:
Dependendo das espécies que desejamos colocar em nossos aquários, a água precisa conter determinados sais nela dissolvidos. Tais sais na verdade são praticamente insolúveis em água mas representam papel importante na manutenção do pH (reserva alcalina).
Dizemos que uma água é dura quando esta contém sais contendo cátions como o Ca++ e Mg++ e ânions como o carbonato (CO3--) e o sulfato (SO4--) entre outros.
Existem várias escalas diferentes para se medir a dureza da água. A mais usada é a escala alemã conhecida como gH onde cada grau da escala representa 1mg/L (1PPM) na concentração destes sais. Normalmente a água é classificada como mole se a dureza ficar abaixo de 6°gH, moderada entre 6 e 10°gH e dura, acima de 10gH. A água considerada potável dificilmente terá uma dureza acima de 20°gH. Por esse motivo as companhias de abastecimento de água nos mandam a água com dureza bem pequena (ou inexistente). Dependendo dos habitantes de nosso aquário devemos elevar tal dureza com a adição dos referidos sais.
Teor de oxigênio:
O oxigênio é um gás. Gases se dissolvem na água em quantidades muito pequenas e sua concentração é inversamente proporcional à temperatura. Quanto mais quente for a água, menos oxigênio dissolvido ela conterá. A absorção do oxigênio atmosférico pela água se faz no filme que separa estes dois meios. Sendo assim, a agitação na superfície da água contribui para quebrar sua tensão superficial e permitir sua oxigenação. É importante salientar que não adianta ter um turbilhão de água no aquário se a temperatura for excessiva. Para se ter uma idéia, a 22°C a concentração máxima de oxigênio que pode estar dissolvida na água é de 8,7 mg/L. A 28°C tal concentração cai para 7,8 mg/L e assim por diante.
A maioria dos peixes dulcícolas sobrevivem com teores de oxigênio acima dos 4 mg/L mas existem certas espécies mais exigentes.
2 - Poluentes da água:
No aquário, as fezes e urina dos peixes, os restos de alimentos e plantas mortas acabam se transformando em compostos mais simples, alguns deles muito tóxicos Como a amônia (NH3). A amônia é um gás bastante nocivo aos peixes, especialmente em pH alcalino. Em pH ácido, boa parte deste gás se transforma no cátion amônio (NH4+) segundo o equilíbrio:
NH3 + H+ <---> NH4+
O cátion amônio também é tóxico, porém menos que a forma NH3. Nossos aquários, com o tempo, desenvolvem bactérias benéficas do gênero nitrosomonas que oxidam o NH3 a nitrito (NO2-). Os nitritos também são muito nocivos aos peixes. Outras bactérias benéficas, as nitrobacter oxidam os nitritos transformando-os em nitratos (NO3-). Estes últimos são bem menos tóxicos e são consumidos pelas plantas.
É importante que o aquarista monitore periodicamente os níveis de amônia e nitrito de seu aquário.
Por: Marcos Mataratzis
Tenho respondido muitos casos de colegas que não precisariam necessariamente de ajuda se tivessem tomado devidos cuidados com a qualidade da água que oferecem a seus peixes.
Veio então a idéia de produzir este pequeno texto para tentar oferecer melhores condições de existência aos nossos amiguinhos.
Lembre-se: Água limpa = peixe saudável
Da mesma forma que vivemos envoltos pela atmosfera e dela retiramos o oxigênio, nossos peixes vivem na água e dela também retiram o oxigênio e nutrientes.
Uma atmosfera poluída não só nos causa desconforto como uma série de problemas respiratórios, certo?
A água é o meio de vida dos peixes e sua qualidade é fundamental para o sucesso em sua criação.
1 - A água do aquário e suas características:
A água que chega às nossas casas, provenientes das estações de tratamento não é uma água pronta para o uso em nossos aquários. Ela contém cloro, usado para matar microorganismos mas também letal para os peixes. Ele precisa ser removido antes de colocarmos água nova no aquário.
Para a remoção do cloro pode-se utilizar uma solução de Tiosulfato de Sódio (Na2S2O3).
Também existem diversas marcas de Condicionadores de água que além de remover o cloro também removem metais pesados e protegem as mucosas dos peixes.
PH:
O pH (potencial Hidrogeniônico) mede a relação entre a quantidade de íons H+ e OH- contidos na água. É uma escala logarítmica que varia de 0 a 14. De 0 a 6,9 dizemos que a água está ácida (concentração de H+ maior do que a de OH-). De 7,1 a 14 ela está básica ou alcalina (concentração de OH- maior do que a de H+). O valor 7 representa a neutralidade (iguais concentrações de H+ e de OH-).
A maioria dos peixes de aquário vivem, em seus habitats, em pH compreendido na faixa de 5,5 a 8,5.
Algumas espécies preferem águas ácidas. Outras preferem alcalinas. Outras preferem águas bem perto da neutralidade (vamos expandir o termo neutralidade aqui para o intervalo compreendido entre 6,8 e 7,2).
Dureza:
Dependendo das espécies que desejamos colocar em nossos aquários, a água precisa conter determinados sais nela dissolvidos. Tais sais na verdade são praticamente insolúveis em água mas representam papel importante na manutenção do pH (reserva alcalina).
Dizemos que uma água é dura quando esta contém sais contendo cátions como o Ca++ e Mg++ e ânions como o carbonato (CO3--) e o sulfato (SO4--) entre outros.
Existem várias escalas diferentes para se medir a dureza da água. A mais usada é a escala alemã conhecida como gH onde cada grau da escala representa 1mg/L (1PPM) na concentração destes sais. Normalmente a água é classificada como mole se a dureza ficar abaixo de 6°gH, moderada entre 6 e 10°gH e dura, acima de 10gH. A água considerada potável dificilmente terá uma dureza acima de 20°gH. Por esse motivo as companhias de abastecimento de água nos mandam a água com dureza bem pequena (ou inexistente). Dependendo dos habitantes de nosso aquário devemos elevar tal dureza com a adição dos referidos sais.
Teor de oxigênio:
O oxigênio é um gás. Gases se dissolvem na água em quantidades muito pequenas e sua concentração é inversamente proporcional à temperatura. Quanto mais quente for a água, menos oxigênio dissolvido ela conterá. A absorção do oxigênio atmosférico pela água se faz no filme que separa estes dois meios. Sendo assim, a agitação na superfície da água contribui para quebrar sua tensão superficial e permitir sua oxigenação. É importante salientar que não adianta ter um turbilhão de água no aquário se a temperatura for excessiva. Para se ter uma idéia, a 22°C a concentração máxima de oxigênio que pode estar dissolvida na água é de 8,7 mg/L. A 28°C tal concentração cai para 7,8 mg/L e assim por diante.
A maioria dos peixes dulcícolas sobrevivem com teores de oxigênio acima dos 4 mg/L mas existem certas espécies mais exigentes.
2 - Poluentes da água:
No aquário, as fezes e urina dos peixes, os restos de alimentos e plantas mortas acabam se transformando em compostos mais simples, alguns deles muito tóxicos Como a amônia (NH3). A amônia é um gás bastante nocivo aos peixes, especialmente em pH alcalino. Em pH ácido, boa parte deste gás se transforma no cátion amônio (NH4+) segundo o equilíbrio:
NH3 + H+ <---> NH4+
O cátion amônio também é tóxico, porém menos que a forma NH3. Nossos aquários, com o tempo, desenvolvem bactérias benéficas do gênero nitrosomonas que oxidam o NH3 a nitrito (NO2-). Os nitritos também são muito nocivos aos peixes. Outras bactérias benéficas, as nitrobacter oxidam os nitritos transformando-os em nitratos (NO3-). Estes últimos são bem menos tóxicos e são consumidos pelas plantas.
É importante que o aquarista monitore periodicamente os níveis de amônia e nitrito de seu aquário.
Viver em águas com elevados teores dessas substâncias, mesmo por poucos dias pode ser fatal para a maioria dos peixes!
3 – O papel da filtragem:
A filtragem ocorre em 3 estágios:
Filtragem Mecânica: permite a remoção de material particulado sólido como restos de comida não consumida, poeira em suspensão, galhos e folhas de plantas mortas, etc. Utiliza-se uma fibra sintética com trama bem pequena como no Perlon para reter tais partículas.
Filtragem Química: através do uso de materiais adsorventes, compostos orgânicos provenientes da decomposição de alimentos ou eliminados por plantas e troncos. O material mais consagrado na filtragem química é o Carvão Ativo.
Filtragem Biológica: consiste de um material poroso onde as bactérias benéficas encontrarão um local apropriado para sua fixação. É importante que o local receba fluxo de água constante para que tanto a amônia e nitritos quanto o oxigênio passem constantemente. Dessa forma, elas levarão tais poluentes a se transformar em nitratos.
A eficiência da filtragem de um aquário é fator crucial para a pureza e cristalinidade de sua água. Não pretendo me alongar nos tipos de filtros e marcas mas tenha em mente que a vazão de água que passa através do sistema de filtragem deve ser, para a maioria dos aquários, de 5 a 10 vezes o volume total do aquário, por hora. Exemplificando: se seu aquário possui 200 litros de água, uma filtragem eficiente para tal aquário deverá ter uma vazão de pelo menos 1000 L/h.
Evidentemente, tal vazão também dependerá da população escolhida para o aquário. Em aquários pequenos, com peixes pequenos, uma vazão de 2 a 3 vezes o volume do aquário já é aceitável. Por outro lado, aquários com peixes grandes, via de regra, necessitam de filtragens de pelo menos 7 vezes o volume do aquário.
A limpeza dos filtros e troca dos materiais filtrantes também precisam ocorrer com uma certa periodicidade. O Carvão ativo, por exemplo, deve ser substituído mensal ou quinzenalmente. O Perlon, sempre que estiver saturado de material particulado. Sua mídia biológica dificilmente necessitará de lavagens ou reposições. Entretanto, se for lavar tal mídia, use a própria água contida no filtro.
Vale lembrar que plantas auxiliam no bem estar geral do aquário, consumindo nitratos e fosfatos e ajudando a tornar a água mais cristalina.
4 – Sifonagens e Trocas Parciais da Água:
Por mais cuidadosos que sejamos, por mais eficiente que seja o nosso sistema de filtragem, sempre sobram restos de comida ou dejetos que não são sugados pelo filtro e com o tempo vão se acumulando no chão do aquário. Isto acaba se transformando em poluentes. Por esse motivo, devemos sifonar o fundo de nossos aquários para remover tais sujeiras com uma freqüência máxima mensal. Preferencialmente quinzenal ou até semanal, conforme a população e quantidade de alimento oferecido.
Trocas Parciais de Água (TPAs) também devem ser feitas quinzenal ou semanalmente para remover excessos de poluentes solúveis e para repor certos minerais (aqui chamados elementos-traço) consumidos por plantas e peixes. Não existe uma quantidade exata de água a ser reposta mas aceita-se como usual TPAs mensais de 20 a 30%, quinzenais de 15 a 20% ou semanais de 10 a 15%. Não tome esses números como fixos e sim como base. Tais valores podem variar por conta da filtragem, quantidade de alimento oferecido ou mesmo da população do aquário.
5 – Considerações finais:
3 – O papel da filtragem:
A filtragem ocorre em 3 estágios:
Filtragem Mecânica: permite a remoção de material particulado sólido como restos de comida não consumida, poeira em suspensão, galhos e folhas de plantas mortas, etc. Utiliza-se uma fibra sintética com trama bem pequena como no Perlon para reter tais partículas.
Filtragem Química: através do uso de materiais adsorventes, compostos orgânicos provenientes da decomposição de alimentos ou eliminados por plantas e troncos. O material mais consagrado na filtragem química é o Carvão Ativo.
Filtragem Biológica: consiste de um material poroso onde as bactérias benéficas encontrarão um local apropriado para sua fixação. É importante que o local receba fluxo de água constante para que tanto a amônia e nitritos quanto o oxigênio passem constantemente. Dessa forma, elas levarão tais poluentes a se transformar em nitratos.
A eficiência da filtragem de um aquário é fator crucial para a pureza e cristalinidade de sua água. Não pretendo me alongar nos tipos de filtros e marcas mas tenha em mente que a vazão de água que passa através do sistema de filtragem deve ser, para a maioria dos aquários, de 5 a 10 vezes o volume total do aquário, por hora. Exemplificando: se seu aquário possui 200 litros de água, uma filtragem eficiente para tal aquário deverá ter uma vazão de pelo menos 1000 L/h.
Evidentemente, tal vazão também dependerá da população escolhida para o aquário. Em aquários pequenos, com peixes pequenos, uma vazão de 2 a 3 vezes o volume do aquário já é aceitável. Por outro lado, aquários com peixes grandes, via de regra, necessitam de filtragens de pelo menos 7 vezes o volume do aquário.
A limpeza dos filtros e troca dos materiais filtrantes também precisam ocorrer com uma certa periodicidade. O Carvão ativo, por exemplo, deve ser substituído mensal ou quinzenalmente. O Perlon, sempre que estiver saturado de material particulado. Sua mídia biológica dificilmente necessitará de lavagens ou reposições. Entretanto, se for lavar tal mídia, use a própria água contida no filtro.
Vale lembrar que plantas auxiliam no bem estar geral do aquário, consumindo nitratos e fosfatos e ajudando a tornar a água mais cristalina.
4 – Sifonagens e Trocas Parciais da Água:
Por mais cuidadosos que sejamos, por mais eficiente que seja o nosso sistema de filtragem, sempre sobram restos de comida ou dejetos que não são sugados pelo filtro e com o tempo vão se acumulando no chão do aquário. Isto acaba se transformando em poluentes. Por esse motivo, devemos sifonar o fundo de nossos aquários para remover tais sujeiras com uma freqüência máxima mensal. Preferencialmente quinzenal ou até semanal, conforme a população e quantidade de alimento oferecido.
Trocas Parciais de Água (TPAs) também devem ser feitas quinzenal ou semanalmente para remover excessos de poluentes solúveis e para repor certos minerais (aqui chamados elementos-traço) consumidos por plantas e peixes. Não existe uma quantidade exata de água a ser reposta mas aceita-se como usual TPAs mensais de 20 a 30%, quinzenais de 15 a 20% ou semanais de 10 a 15%. Não tome esses números como fixos e sim como base. Tais valores podem variar por conta da filtragem, quantidade de alimento oferecido ou mesmo da população do aquário.
5 – Considerações finais:
Não tive a pretensão de esgotar o assunto. Pelo contrário! Tive a intenção de dar uma visão superficial dos cuidados mínimos que o aquarista deve tomar para ter peixes saudáveis. A maioria das doenças pisciárias ocorrem quando as defesas do peixe estão baixas. Tomando os cuidados acima estamos contribuindo para manter nossos peixes saudáveis e livre delas.
Autor: Marcos Mataratzis
Adm: Fórum Vitória Reef
Prof. Química e Químico.
E Amigo.
Link do Fórum: Qualidade da Água
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